.

terça-feira, 29 de outubro de 2019

PlusPoesia no Solar dos Mellos




A proposta PlusPoesia continuará até quinta (31), movimentando a cidade com ações poética, nesses três últimos dias no Solar dos Mellos, entrelaçando poetas e amantes num mesmo contexto. A programação é produzida pela Secretaria Municipal de Cultura que tem como idealizador e organizador, o professor, jornalista e poeta Gerson Dudus.

O PlusPoesia, nesta segunda (28), realizou um sarau compreendendo poemas de Carlos Drummond de Andrade, Angélica Freitas e Alberto Pucheu, onde o moderno e o contemporâneo marcaram a edição da proposta semanal Encontro Poético Musical Energia, Energia. Os poetas Gerson Dudus, Isabella Ingra, Marcelo Atahualpa e Mônica Braga, transmitiram um pouco de cada um ao público, que também interagiu com suas escolhas, enfatizando o tema.

Até quinta-feira (31), acontecerá no Solar dos Mellos, ações do PlusPoesia com entrada franca, Nesta terça-feira (29), será a noite do olhar feminino, tendo Liliane Barboza e Conceição de Maria no comando, com seus livros "Mulher" e "Pedaços de Mim", respectivamente. Noite de lançamento e autógrafo.

Na quarta-feira (30), o PlusPoesia receberá o poeta Marcos Aurélio com o seu "Metapoética" e Sávio Araújo apresentando o seu "Carne da Era". A hora para o encontro é 18h, iniciando com documentários que antecederão os eventos, neles estarão Ana Cristina Cesar, Torquato Neto e Carlos Drummond de Andrade, este responsável pela mudança do Dia Nacional da Poesia para 31/10, em consonância com a data de seu aniversário.

"PlusPoesia é usado aqui para demonstrar a multiplicidade de caminhos da poesia e dos poetas contemporâneos, numa ressonância com o desejo dos poetas alemães no século XVII . Válido, também, registrar que a exposição Adversa (Mostra de Poesia Visual Brasileira) ficará na galeria do Teatro até dia 31", explica o organizador do evento, Gerson Dudus, acrescentando que, também dia 31, na quinta-feira, o encerramento será com sarau Poetas de Toda Cidade.

PLUSPOESIA - MOVIMENTO LITERÁRIO


Na Alemanha, o primeiro círculo de poetas românticos reunia-se na cidade de Jena em fins do século XVIII. Desse círculo, participaram  grandes nomes da literatura alemã, entre eles os irmãos Wilhelm e Friedrich Schlegel e, mais tarde, com a fundação da revista Athenäum , o poeta Novalis.

Seu livro Pólen foi um marco na crítica literária, pela nova forma que usava: em fragmentos e aforismos. Nele aparece o neologismo PLUSPOESIA.
PLUSPOESIA é o conceito criado por Novalis para se referir à poesia objetiva, lúcida e bela.

Os românticos alemães em seu pensamento filosófico almejam transcender os padrões aceitos até aquele momento na literatura e na ciência:
“A poesia universal progressiva (de Schlegel) quer misturar e colocar em fusão a totalidade dos gêneros, das formas e das expressões poéticas. A Enciclopédia (de Novalis) quer poetizar todas as ciências. Os dois projetos se completam mutuamente.[...] formas e gêneros se derramam uns nos outros, se convertem uns nos outros, se afundam nesse incessante e caótico movimento de metamorfose que, na verdade, é o processo de absolutização da poesia.” (BERMAN, Antoine)

PLUSPOESIA é usado aqui para demonstrar a multiplicidade de caminhos da poesia e dos poetas contemporâneos, numa ressonância com o desejo dos poetas alemães no século XVIII.



O Solar dos Mellos está localizado na Rua Conde de Araruama, 248, no Centro. Mais informações pelo telefone: (22) 2759-5049. O horário de atendimento é das 9h às 17h, de segunda a sexta-feira, exceto nos feriados.


Jornalista Mônica Braga










sexta-feira, 25 de outubro de 2019

Drummond é tema de oficina para alunos da Faculdade de Filosofia



O PlusPoesia, com programação produzida pela Secretaria de Cultura, reuniu nesta quinta (24), estudantes de vários cursos da Faculdade de Filosofia de Macaé, onde foi realizada a oficina sobre Carlos Drummond de Andrade, com ênfase no poema "No Meio do Caminho".

A Oficina de Poesia Drummondiana fala das várias fases pelas quais a obra do poeta passou, desde 'Alguma Poesia' (primeira obra poética de Drummond, entre 1925 e 1930 e tem sido considerado como elo de ligação entre a primeira e a segunda gerações do nosso Modernismo) até o 'Amor Natural' (livro de poesia erótica de Carlos Drummond de Andrade, publicado postumamente, em 1992).

Gerson Dudus, o professor e poeta que aplicou a oficina, abordou a difícil recepção do poema moderno por excelência, o 'No Meio do Caminho, "Mais criticado que elogiado, ele reverbera até hoje na obra de poetas contemporâneos como Ana Cristina Cesar e Carlito Azevedo", explica Dudus, acrescentando que o desafio proposto pela  oficina foi fazer os participantes criarem sua reeleitura do poema.

"Que ótima oportunidade! Deveriam ter mais encontros como esse, onde os alunos pudessem vivenciar tudo isso e praticar a escrita dessa forma orientada", pontuou Emanuele Mariano, estudante de Letras, que, também, registrou a sua reeleitura de No Meio do Caminho. "No meio do caminho/já não existia mais pedra/Foram substituídos por espinhos/Uma pedra no caminho do meio/Do meio nada/Do nada surgiu a pedra/No meio da pedra existia o “eu”/Então descobri que no meio do caminho/O obstáculo era eu e não a pedra."

O PlusPoesia proporciona nesses dias sarau, mostra de cinema, exposição de poesia visual, conferência literária e oficinas. O cenário é toda a cidade, Praias, praças, restaurantes, bares, museus, teatro, galeria, polo universitário. E neste sábado (26), estará no evento Rap da Ponte, a partir das 19h, no Parque da Cidade.

Jornalista Mônica Braga






quinta-feira, 24 de outubro de 2019

PlusPoesia - arte por todo canto da cidade




E as ações poéticas continuam pela cidade. O PlusPoesia está desde o dia 20 espalhando a arte e seus movimentos por  diversos lugares. A Programação é produzida pela Secretaria Municipal de Cultura,  que tem como organizador o jornalista, professor e poeta, Gerson Dudus, e visa entrelaçar num mesmo contexto, poetas e amantes do gênero.

O  PlusPoesia, no decorrer da programação, levou a diversidade poética para o encontro "Energia, Energia" (reunião semanal, onde poetas da região são convidados juntos, também, com um músico local, a fim de tornar público seus poemas e histórias), e atraiu pessoas de todos os gostos e tribos. A poesia, simultaneamente, contagiou a cidade.

Além do poeta Gerson Dudus, idealizador e organizador do PlusPoesia, poetas como Sandra Wyatt, Marcelo Atahualpa, Isabela Ingra e Mônica Braga dividiram microfone com tantos outros que se inspiraram e surgiram com seus textos e histórias, intensificando o objetivo da proposta de unir e entrelaçar, envolvendo pessoas em sua diversidade e contexto.

Para Paula Sergipense, expectadora, o encontro proporcionou alivio e, ao mesmo tempo, tumulto: "Ficamos leves, voltamos pra casa com a esperança renovada e, o tumulto se dá, com o turbilhão de ideias provocadas no espaço, levamos tudo isso conosco. Espaço propício para troca e, principalmente, para reflexão", disse.

O doutor em psicologia Cristiano Rodrigues, registra a importância desses encontros com a arte. "Recomendo aos meus pacientes, e eles frequentam, participam diretamente da proposta. Produzem e se sentem inseridos no espaço", pontuou o psicólogo, acrescentando que os encontros poéticos refletem positivamente no tratamento e no cotidiano dos seus pacientes.

Isabella Ingra, professora e poeta, afirma que os poetas e sua lucidez são fundamentais nos tempos de hoje, e deixa em forma de poema, sua presença. "ser explícita/não explica nada/e me complica/quando eu tento/fracassada/ser exata/e exausta fico/de tanta gente/pensando que entende/o que se passa no peito/no fígado/no espírito da gente". registra a poeta.

O encontro "Energia, Energia", que recebeu o PlusPoesia, funciona as segundas feiras, a partir das 19h, na Rua Jesus Soares Pereira, 396, Costa do Sol, próximo ao Colégio Polivalente. A essência é abrir o palco com poetas e músicos locais convidados e, também, num segundo momento, com microfone aberto para o público mostrar o seu talento.

 O PlusPoesia proporciona nesses dias sarau, mostra de cinema, exposição de poesia visual, conferência literária e oficinas. O cenário é toda a cidade, Praias, praças, restaurantes, bares, museus, teatro, galeria, polo universitário. Até o momento, o PlusPoesia já realizou diversas atividades envolvendo um número considerável de pessoas e alcançando o objetivo proposto, que é, exatamente, proporcionar para a população o conhecimento e a diversidade do tema, refletido em atividades espalhadas pela cidade.

Atividades realizadas  como distribuição de sachês de pimenta com poemas no rótulo, por toda a orla dos cavaleiros, incluindo bares e restaurantes, repercutiram positivamente. "Nossa, que diferente! A poesia chegar assim, surpreendendo. Amei a ideia", disse Cássia Chagas, psicóloga, sobre a ação no restaurante onde almoçava com a família.

Também já aconteceu, com êxito, a Oficina de Poesia para a Universidade da Terceira Idade, no Campus Macaé UFRJ, onde o poema Japonês de três versos foi o tema. "Passei para eles como a poesia faz a gente recobrar a força da vida, depois da conversa, foi ensinado o Hikai e partimos para a etapa de produção com eles", pontuou Dudus, organizador do PlusPoesia.

Dona Rosa, como gosta de ser chamada, ficou encantada com essa fora de poema. "Que encanto. Tanta coisa por aprender ainda, não é? Agradeço a oportunidade que nos foi dada de participar dessa maravilha de oficina, até ousei escrever", disse, acrescentando a fala com o seu poema: "Pela janela/A borboleta/ Por entre as flores amarelas".

Além dessas atividades, acontece na galeria de arte no Teatro Municipal, até dia 31, a Adversa, mostra de Poesia Visual Brasileira dos últimos 50 anos. E já passou também pela proposta, o Alberto Pucheu, professor doutor da UFRJ, um dos grandes poetas cariocas hoje, com pesquisa consolidada sobre a Poesia Contemporânea Brasileira, onde realizou um encontro no Foyer, no último 22, que enfatizou a pluralidade de caminhos da produção poética de hoje.

Nesta quinta, o PlusPoesia estará na FAFIMA, com a Oficina Drummondiana, às 19h.
A proposta vai até 31 deste mês, finalizando com o Dia da Poesia, englobando diversas vertentes dessa arte com eventos acontecendo em vários lugares da cidade, ressaltando a presença do PlusPoesia neste sábado no Rap da Ponte, a partir das 19h, no Parque da Cidade.

O nome dado ao projeto, PlusPoesia, demonstra a multiplicidade de caminhos da poesia e dos poetas contemporâneos, numa ressonância com o desejo revelado pelos poetas alemães do século XVIII.

Jornalista Mônica Braga












segunda-feira, 21 de outubro de 2019

Poesia por Toda Cidade

Mês de Outubro é da poesia! A partir do dia 20 a cidade de Macaé receberá movimentos poéticos em todos os lados. É o PlusPoesia no ar. Programação feita pelo poeta, professor e jornalista Gerson Dudus. Os poetas vão para as ruas e para o povo, com Saraus, mostra de cinema, exposição de poesia visual, lançamento de livros, conferência literária e oficinas ocuparão a praia, a praça, o museu, as escolas, o polo universitário, o teatro e a galeria.

Do Dia do Poeta (20) ao Dia da Poesia (31), a cidade estará recebendo várias vertentes da arte, onde estará em vários locais, alcançando um número considerado e diversificado de pessoas e ideias.

Um dos movimentos iniciais é distribuição de saches de pimenta e poemas em adesivos por toda a orla dos Cavaleiros.

Macaé respira Poesia!!!


PLUSPOESIA

Na Alemanha, o primeiro círculo de poetas românticos reunia-se na cidade de Jena em fins do século XVIII. Desse círculo, participaram  grandes nomes da literatura alemã, entre eles os irmãos Wilhelm e Friedrich Schlegel e, mais tarde, com a fundação da revista Athenäum , o poeta Novalis.

Seu livro Pólen foi um marco na crítica literária, pela nova forma que usava: em fragmentos e aforismos. Nele aparece o neologismo PLUSPOESIA.
PLUSPOESIA é o conceito criado por Novalis para se referir à poesia objetiva, lúcida e bela.

Os românticos alemães em seu pensamento filosófico almejam transcender os padrões aceitos até aquele momento na literatura e na ciência:
“A poesia universal progressiva (de Schlegel) quer misturar e colocar em fusão a totalidade dos gêneros, das formas e das expressões poéticas. A Enciclopédia (de Novalis) quer poetizar todas as ciências. Os dois projetos se completam mutuamente.[...] formas e gêneros se derramam uns nos outros, se convertem uns nos outros, se afundam nesse incessante e caótico movimento de metamorfose que, na verdade, é o processo de absolutização da poesia.” (BERMAN, Antoine)

PLUSPOESIA é usado aqui para demonstrar a multiplicidade de caminhos da poesia e dos poetas contemporâneos, numa ressonância com o desejo dos poetas alemães no século XVIII.

Vai nesse sentido a diversidade de ações poéticas que serão disparadas pela cidade, a partir do Dia do Poeta (20/10) até o Dia Nacional da Poesia (31/10).


O Rebate acompanhará toda evolução da proposta! Aguarde!

Mônica Braga









sexta-feira, 2 de agosto de 2019

Zani Rocha, a artesã que surpreende em suas criações

Zani Rocha, a artesã que surpreende em suas criações


Jornalista Mônica Braga


"Cada obra de arte é única, assim como o seu criador"

Único e belo é cada trabalho da artesã Zani Rosa, que traduz através de suas mãos a inspiração das criações. Zani, simplesmente, olha a matéria bruta e busca ali, sua arte escondida. E, tudo vai tomando forma e a transformação acontece, deixando os apreciadores emocionados com tamanha sensibilidade.

Zaninha, como é chamada, carinhosamente, pelos amigos, é natural de Carmo e há oito anos vive em Campos dos Goytacazes, também município do Estado do Rio de Janeiro. Sempre foi ligada à arte, todas as atividades que realizava envolvia a arte. Mas o seu amor pela cerâmica falou mais alto quando recebeu um convite para frequentar o curso que faz parte do projeto Caminhos de Barro, na Universidade Estadual do Norte Fluminense (UENF).

Sempre disposta a aprender, como ela mesmo diz, "somos eternos aprendizes", se dedicou aos estudos da cerâmica e definiu a arte de criar através do barro, como seu modo de vida. O curso desenvolveu suas habilidades para as criações, habilidades estas já existentes, e com a técnica, Zaninha foi se especializando cada vez mais, tanto que seu conhecimento não estacionou, no próximo dia 12 ela irá atuar como professora e deixar fluir a beleza da arte e criação em cada ideia e pensamento dos futuros artesãos.

"A arte da cerâmica me fascina, passei por vários obstáculos, mas isso não foi motivo de desistência. Não vou mais parar de estudar e descobrir a cada dia uma nova inspiração para as minhas criações. Motivação e garra sempre", pontuou a artesã com brilho no olhar ao apresentar seu trabalho, uns prontos e outros ainda tomando forma, traduzindo sensibilidade e beleza dessa arte.

Atualmente, Zaninha expõe suas criações espontâneas e inspiradoras para a venda, em sua residência e oportunidades como feiras e projetos. A amiga Regina Berto, pedagoga, se encantou com o desenvolvimento do trabalho e a força de vontade de Zaninha em não parar depois de aprender a técnica e sim continuar se especializando com o objetivo de sempre melhorar.

"Eu admiro muito o trabalho de Zani Rosa, ela nos surpreende pela inspiração e talento. Realmente é um trabalho que não pode parar, é preciso sempre estar atenta às oportunidades de cursos e especializações. Parabenizo minha amiga e convido a todos para conhecer esse trabalho", registrou Regina, que tem peças feitas por Zaninha como decoração de sua casa.

O artesanato é o próprio trabalho manual utilizando-se de materiais naturais ou simplesmente do ato do artesão, são traduções da cultura popular. Seu processo de construção é sutil e o resultado final surpreende, pois nada fica igual, cada peça tem a sua identidade e beleza, traduzindo ali a alma do artista.


Trabalho com argila, matéria encontrada na Baixada Fluminense




Peça em construção, já inspirada nas festas de final de ano


Transformação: Barro branco utilizado como tinta

Zani Rosa e a amiga Regina Berto






sexta-feira, 17 de maio de 2019

Ginga e reflexão na semana da Abolição

Ginga e reflexão na semana da Abolição
Jornalista Mônica Braga

Macaé ganhou uma noite de reflexão nesta semana, o 13 de Maio, onde cerca de 80 pessoas compareceram ao evento que teve como referência o resgate e a cultura Afro Brasileira, como também a reflexão da data no dia de hoje, através da ginga da Capoeira, numa aula especial do Mestre Kiko.
Esse evento com o tema Abolição fez parte da proposta da Coordenadoria Geral de Políticas Sociais e Igualdade da Secretaria de Desenvolvimento Social, Direitos Humanos e Acessibilidade, representada pelo Mestre Alexandre Gabiru, que enfatizou o trabalho do Grupo Macaé Capoeira (GMAC) junto à população, assim como a importância da representatividade negra nos dias atuais e no país que vivemos.
 - Não estamos aqui para enfatizar a comemoração, mas sim a reflexão. O que o negro representa? O que mudou? Ou ainda estamos escravos?, são perguntas sem respostas que nos levam a refletir sobre o que realmente representou a Abolição. - enfatizou Gabiru, acrescentando que a luta é diária, ainda é muito óbvia a violência contra o negro, a mulher negra. O racismo está presente em todas as classes sociais.
Quanto a importância da capoeira em todo esse contexto, destacam-se a disciplina e respeito, assim como o resgate histórico da cultura africana. "O trabalho da GMAC reflete na vida de cada um que passou por aqui. Sempre priorizo a disciplina e faço referência a nossa história, porque tudo que se perdeu, somos culpados. È preciso resgatar sempre!" - relata Mestra Kiko, que ministra suas aulas no Parque Aeroporto, e atende alunos não só do bairro como também de toda Macaé.
Tipicamente brasileira, a capoeira desenvolve em sua expressão cultural, uma mistura de arte marcial, esporte, cultura popular, dança e música. Sua ginga, além de interferir positivamente na vida de quem a pratica, cativa e encanta a todos. Assim é o caso das francesas Melissa e Alex,  que estão de férias em Macaé, acompanhando a Brenda Fernandes _ filha do Mestre Gabiru -  que hoje trabalha fora do Brasil.
Para Brenda, a capoeira está no sangue, é cultural, já nasceu admirando a ginga do pai. "Todo o trabalho da capoeira reflete nitidamente no social, tenho muito orgulho da trajetória do meu pai, que se esforça junto com os outros mestres para que o trabalho aconteça. Minha vontade é levá-lo comigo para fora do país, e poder expandir o seu valor", disse.
As francesas Melissa e Alex, não esconderam o encanto através do sorriso, "eu não conhecia a capoeira pessoalmente, muito elegante e exótico", relatou Alex. Já Melissa teve mais contato e acrescenta que a diferença de se praticar a capoeira no Brasil e fora, é que aqui há um objetivo de integração social, é o que faz toda diferença. "É muito emocionante ver tudo isso estando na terra da capoeira, não tenho palavras".
 Mariana Souza, 13 anos, revela que desde os três anos já tem a ginga na mente e no corpo, filha do Mestre Kiko, nasceu já com a capoeira. "Mas confesso que, mesmo com a influência do meu pai, meu primeiro momento com a capoeira foi sozinha, observando e, por fim, estou inserida nesse contexto e é apaixonante participar", explicou Mariana.
Os pais de alunos também relataram a diferença que a capoeira faz na vida dos filhos. "Sou pai do Murilo, 9 anos, e há sete meses está na capoeira. Tempo suficiente para perceber o quanto a disciplina acentuou em todos os segmentos, fico grato e parabenizo o trabalho e a iniciativa desses mestres, vida longa ao projeto", relatou Ronaldo Fernandes.
Grupo Macaé Capoeira - GMAC
O projeto GMAC está em pleno funcionamento há 20 anos e, atualmente vem realizando o trabalho no Parque Aeroporto, onde são oferecidas aulas gratuitas para crianças, adolescentes e adultos de qualquer faixa-etária. Além de alunos do Aeroporto, o projeto também atende vários outros  bairros da cidade. É de cunho social e tem como um dos objetivos difundir e incentivar a prática da capoeiratirando da vulnerabilidade vários jovens. Embora a proposta seja aberta a todos os públicos, os mestres esclarecem que só ganha corda quem frequenta assiduamente a Unidade Escolar e adquire boas notas, passando de ano letivo.
GMAC - Mestres Anu, Kiko, Gabiru e Vando.

"Capoeira ela é completa, pois é preciso cantar, tocar, dançar, lutar, estudar o contexto histórico, ensinar e sorrir com humildade"
Ru Aisó

GMAC



Mestre Kiko

Mestre Gabiru com sua filha Brenda e as francesas Melissa e Alex

Mestre Gabiru e a Jornalista Mônica Braga

quarta-feira, 17 de abril de 2019

A Origem da Podridão

Cuidado com a maldade disfarçada de bom senso...
Cuidado com a maldade disfarçada de carinho
Cuidado com a maldade disfarçada de bons modos
Cuidado com a língua da maldade, a inveja da maldade, o olhar da maldade... aquele olhar que sorri atirando... Cuidado... Cuidado com a maldade...
A maldade se veste de Boa moça, Boa gente, a maldade tem frustrações, a maldade é feito verme invisível... apodrece a carne ainda viva.
Cuidado... já estou vacinada, sou da poesia e a poesia mata também... então, tome cuidado, dona maldade!
Pois não tem preço você enxergar a podridão do ser humano antes da decomposição da carne!

Mônica Braga